Descoberta na Amazônia pode desvendar mistério dos primeiros habitantes humanos

Descoberta de pintura rupestre na Amazônia pode revelar início da presença humana há 12.600 anos.

Amazônia

Em uma virada fascinante nos estudos sobre a pré-história da Amazônia, pesquisadores fizeram uma descoberta que pode ser a chave para desvendar os mistérios sobre os primeiros habitantes humanos desta região enigmática. A Amazônia, conhecida por sua biodiversidade sem paralelo, guarda também segredos sobre os povos antigos que lá se estabeleceram, e uma pintura rupestre recém-descoberta é uma janela para esse passado distante.

Investigar a história humana na floresta amazônica é um desafio colossal. A densidade da floresta, o solo ácido e a escassez de vestígios materiais formam um verdadeiro quebra-cabeça arqueológico. Contudo, o trabalho meticuloso dos cientistas encontrou uma peça-chave do passado: uma vasta pintura rupestre que revela detalhes surpreendentes sobre a vida dos primeiros habitantes da região.

O estudo dessas pinturas mostra que esses indivíduos não apenas sobreviviam na imensidão da Amazônia mas tinham um conhecimento profundo de seu meio. Eles habitavam cavernas, criavam ferramentas de pedra com habilidade, coletavam uma variedade de vegetais e caçavam animais. Um aspecto particularmente intrigante é o uso sofisticado do ocre vermelho nas pinturas, indicando um elemento cultural e simbólico significativo em suas vidas.

Com base nessas evidências, os especialistas apontam que a ocupação humana da Amazônia teve início no final do Pleistoceno, há aproximadamente 12.600 anos, um período marcado por grandes transformações climáticas e geográficas no planeta. Essa ocupação não foi efêmera, estendendo-se até a chegada dos europeus no século XVII.

Adicionalmente, outros achados arqueológicos enriquecem nossa compreensão dessa era. Descobriu-se que o uso de cerâmica na região data de cerca de três mil anos atrás, enquanto evidências de agricultura, como o cultivo do solo e o plantio de milho, remontam a aproximadamente 2.500 e 500 anos, respectivamente. Esses indícios apontam para uma sofisticação tecnológica e cultural dos povos da Amazônia muito antes da chegada dos colonizadores europeus.

Este mergulho no passado, proporcionado pela descoberta da pintura rupestre e outros achados, não apenas preenche lacunas históricas sobre os primeiros habitantes da Amazônia mas também nos faz refletir sobre a complexidade e a riqueza das culturas que floresceram nesse ambiente desafiador. As marcas deixadas por esses povos antigos na floresta amazônica são testemunhas de sua resiliência, conhecimento e arte, oferecendo um novo entendimento sobre a história humana no contexto da biodiversidade amazônica.