G7 une forças para IA segura e avanço global sustentável

G7 une forças para IA segura e foca em ajuda a países em desenvolvimento, com plano de Centro de IA para 2024.

inteligência artificial

Em um recente encontro na cidade histórica de Verona, Itália, líderes de tecnologia e indústria do grupo de nações do G7 se uniram com um objetivo claro: trilhar um caminho conjunto em prol de uma inteligência artificial (IA) segura, protegida e de confiança. Com os olhos voltados para o futuro, a Itália, atualmente à frente do grupo, articulou efetivamente parcerias estratégicas com o aval do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Essas parcerias visam aprimorar o impacto positivo da IA nos países em desenvolvimento, concentrando esforços para tornar a tecnologia amplamente acessível, além de desenvolver ambientes de dados abertos e seguros e intensificar as capacidades para avanços sustentáveis.

A grande novidade originada dessas discussões é a proposta de criação de um Centro de IA para o Desenvolvimento Sustentável. Colocando em perspectiva uma colaboração intensiva com países africanos e importantes atores do setor tecnológico, o objetivo é alavancar a IA para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável já até 2024.

Essa iniciativa segue os passos de recentes movimentações regulatórias iniciadas pela União Europeia, que têm como foco a gestão de tecnologias avançadas de IA, exemplificadas por sistemas como o ChatGPT, com suas capacidades linguísticas avançadas, e o DALL-E, conhecido por gerar imagens a partir de meras descrições textuais. Entretanto, tais avanços também trouxeram à tona preocupações sobre os perigos potenciais, como as famosas “deepfakes”, que podem amplificar fenômenos de desinformação.

O G7, um conglomerado que une Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá, se encontra em um delicado balanço entre promover a inovação tecnológica e instaurar mecanismos de proteção eficazes. Mesmo diante de um esforço colaborativo para sincronizar diferentes sistemas regulatórios de IA, é válido notar que cada nação possui sua peculiaridade e pode adotar abordagens distintas. Destacam-se, por exemplo, Estados Unidos e Grã-Bretanha, que tendem a favorecer regulamentações mais flexíveis, nutrindo um ambiente de auto-regulação ou participação voluntária das corporações tecnológicas.

Este ano apresenta-se como um marco repleto de expectativas altas, marcado por progressos significativos no âmbito digital. Com a Itália e o Brasil liderando o G7 e o G20, respectivamente, ambos colocam a inteligência artificial no epicentro das discussões sobre desenvolvimento sustentável, indicando um futuro promissor para o uso consciente e efetivo dessa tecnologia.