O Ministério Público da Espanha recorreu nesta sexta-feira à decisão de conceder liberdade provisória ao jogador Daniel Alves. Autoridades de Barcelona argumentam que o atleta de 40 anos, que ainda não quitou a fiança de um milhão de euros (cerca de R$ 5,3 milhões), corre o risco de fugir do país. Consequentemente, Alves permanecerá detido durante o final de semana.
Esta não é a primeira vez que o Ministério Público da Espanha age de forma rigorosa em relação ao caso de Alves. No início do mês, a promotoria sugeriu uma pena severa de nove anos de prisão. O jogador foi previamente sentenciado a quatro anos e meio de prisão mais cinco anos de liberdade vigiada por agressão sexual.
Alves foi acusado por uma jovem de 23 anos de abuso sexual ocorrido em uma boate de Barcelona na virada do ano de 2022. Sua prisão ocorreu em 20 de janeiro de 2023, com a condenação sendo estabelecida em fevereiro.
A Justiça espanhola inicialmente aceitou o pedido de liberdade provisória de Alves, com a condição da fiança de um milhão de euros. O aval foi dado após a apreensão de seus passaportes, impedindo sua saída do país. Foram impostas condições estritas: manter distância de um quilômetro da vítima e de seu local de trabalho, proibição de comunicação com a vítima, obrigação de permanecer na Espanha, e comparecimento semanal ao Tribunal de Barcelona.
Antes da condenação, o ex-jogador do Barcelona teve cinco pedidos de liberdade provisória negados devido ao risco de fuga, destruição de provas ou reincidência. A liberação atual tem sido vista como uma resposta à crise carcerária espanhola, segundo relatos da imprensa local.