Descoberto óleo de planta amazônica com potencial contra zika

Óleo de copaíba da Amazônia pode ser chave contra zika, revela estudo da Unesp. Descoberta abre portas para novos tratamentos.

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Uma novidade surpreendente vem das profundezas da Amazônia, onde uma planta, tradicionalmente utilizada pelos povos indígenas para cuidar de afecções cutâneas, desponta agora como um promissor aliado na luta contra a zika. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) exploraram as propriedades do óleo de copaíba em uma forma inovadora chamada nanoemulsão, que consiste em gotículas extremamente diminutas de líquidos misturados. Este avanço foi detalhado em um estudo financiado pela FAPESP, com resultados publicados na prestigiada revista One Plus.

Os experimentos realizados revelaram que essa nanoemulsão de óleo de copaíba pode amplificar a ação antiviral, abrindo portas para o desenvolvimento de medicamentos ou vacinas mais eficazes contra o zika. Mas ainda existem incertezas, já que a nanoemulsão, mesmo sem o óleo, demonstrou ter atividade antiviral. Especula-se que essa eficácia possa estar ligada a outras substâncias presentes na mistura, deixando a equipe de pesquisa diante de um intrigante mistério sobre a exata maneira pela qual a nanoemulsão interfere na replicação do vírus da zika.

A coordenadora do estudo compartilhou com a Agência FAPESP que novas investigações são cruciais. Essas poderão elucidar como essas descobertas podem ser aplicadas no desenvolvimento de um tratamento futuro. Esse conhecimento é particularmente valioso, considerando-se que, até o momento, não existe uma vacina disponível contra a zika.

Diante desse cenário, é essencial adotar medidas preventivas contra o Aedes aegypti, o mosquito responsável pela transmissão da zika (além da dengue). Entre as recomendações estão a eliminação de água parada, que pode servir de criadouro para os mosquitos, abrangendo locais como calhas, caixas d’água, lajes, pneus e vasos.

Importa também estar atento aos sintomas da zika, que incluem febre súbita, dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores nas articulações e pelo corpo, náuseas, vômitos, dores abdominais, coceira e manchas vermelhas na pele. Frente a esses sintomas, é crucial procurar assistência médica imediatamente.

Este estudo representa um passo importante na busca por soluções contra o zika, um vírus que tem desafiado cientistas e médicos globalmente. Graças à combinação de sabedoria ancestral e inovação científica, talvez estejamos mais perto de uma solução eficaz.