Na noite de sexta-feira, 29 de março, por volta das 22h40, na zona sul de São Paulo, na Vila Andrade, ocorreu um episódio fatal envolvendo dois policiais militares. O cabo Rahoney de Paula Vieira, de 31 anos, pertencente ao 4º Batalhão de Choque da Polícia Militar e de folga no momento do ocorrido, foi baleado e morto por um colega do 16º Batalhão da Polícia Militar (PM) após ser erroneamente identificado como suspeito de um assalto.
Vieira, vestido com trajes civis e utilizando um capacete, estava realizando uma abordagem a um veículo na Rua Maria José da Conceição quando uma viatura do 16º Batalhão, ao passar pelo local, o percebeu com uma arma em punho apontada para o carro. Interpretando a situação como um assalto em andamento, um dos policiais da viatura disparou contra Vieira. Após o tiro, ao se aproximarem, os policiais reconheceram Vieira como um dos seus e o transportaram imediatamente ao Hospital Albert Einstein. Apesar dos esforços, Vieira sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
Antes de fazer parte do Comando de Operações Especiais da PM, Vieira havia trabalhado no 16º BPM, a mesma unidade dos policiais envolvidos no caso, por aproximadamente um ano. Horas antes do ocorrido, Vieira havia publicado um vídeo em uma rede social comentando sobre sua experiência no 16º Batalhão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que tanto a Polícia Militar quanto o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) estão investigando as circunstâncias da morte de Vieira, tratada como morte decorrente de intervenção policial. Não foi especificado qual dos policiais efetuou o disparo que levou à morte de Vieira.
O 4º Batalhão de Choque lamentou o falecimento de Vieira através de uma publicação em rede social. Ele havia ingressado na corporação em 25 de novembro de 2014. O comunicado não menciona a causa da morte. O velório de Vieira estava programado para este domingo, 31 de março, devido à distância dos familiares. Ele deixa um filho pequeno.
