Nos Estados Unidos, uma onda crescente de processos judiciais coloca as redes sociais em xeque, especialmente devido aos impactos prejudiciais que causam a crianças e adolescentes. Um exemplo notável dessa tendência é o Social Media Victims Law Center, um escritório de advocacia que sozinho representa mais de 2 mil clientes em ações contra gigantes do setor.
Os danos relatados variam de problemas graves de saúde mental, como depressão e ansiedade, até casos extremos onde jovens chegaram a cometer suicídio após períodos de cyberbullying ou influência de conteúdos nocivos online.
Estas ações legais buscam responsabilizar empresas por produtos descritos como “defeituosos” e “viciantes”, exigindo não apenas indenizações, mas também mudanças nas práticas corporativas para proteger o bem-estar dos usuários mais jovens.
Contraponto das empresas, conglomerados como Meta e Snap, insistem na implementação de ferramentas para fortalecer a segurança de menores nas plataformas. Porém, críticos e vítimas argumentam que essas medidas são insuficientes.
Uma história específica ilustra a seriedade do problema: a jovem Morgan Pieper, que, iniciando seu engajamento com redes sociais aos 11 anos, teve sua saúde mental gravemente afetada, culminando em sua trágica morte aos 15 anos.
Os processos não se limitam a uma única plataforma ou empresa; Google, Snap, Meta, e ByteDance, por exemplo, enfrentam alegações similares. Diante da ausência de uma legislação efetiva que regule este domínio e da contínua crise na saúde mental infanto-juvenil, a luta dessas famílias destaca a necessidade urgente de reforma e apoio.
No cenário global, a preocupação com os efeitos das redes sociais sobre os jovens é partilhada. Infelizmente, o problema persiste, requerendo tanto esforços legais quanto suporte comunitário e clínico para endereçar os desafios à saúde mental que muitas crianças e adolescentes enfrentam hoje.