Servidores federais estão pressionando o governo por um aumento imediato nos benefícios como auxílio-alimentação, saúde complementar e assistência pré-escolar. A reivindicação foi formalizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que enviou um ofício à ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), pedindo a “implementação imediata” dos reajustes propostos pelo governo federal.
No documento, os servidores reconheceram os esforços do governo para corrigir os valores dos benefícios, com aumentos superiores à inflação acumulada desde a última atualização. Essa mudança vem após o governo federal sugerir que os novos valores dos benefícios entrassem em vigor a partir de 1º de maio. Contudo, sem uma confirmação definitiva e diante da falta de previsão para aumentos salariais, os servidores agora exigem que os reajustes nos benefícios comecem a valer desde abril.
A possibilidade de um reajuste salarial para os funcionários do Executivo federal em 2024 é vista com pessimismo. Uma fonte do Ministério da Fazenda, falando sob anonimato, classificou como “praticamente impossível” qualquer aumento para o funcionalismo neste ano. Uma resposta definitiva sobre essa possibilidade será dada apenas em maio, com expectativas de um possível, porém pequeno, ajuste.
Na negociação, os representantes dos servidores demandam um aumento entre 7% e 10%, variando conforme o acordo estabelecido entre as categorias. O MGI já reservou R$ 1 bilhão no orçamento de 2024 para o reajuste dos auxílios, sugerindo aumentos significativos nos valores do auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche. Essa proposta foi apresentada no ano passado e formalizada no fim de fevereiro, durante uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), com a próxima sessão marcada para junho.
Os servidores também lutam para que, até o final de 2026, os benefícios sejam equiparados aos valores oferecidos pelos poderes Legislativo e Judiciário. “Reafirmamos nossa total insatisfação com a intenção de congelar salários em 2024, motivo pelo qual continuaremos mobilizados para garantir recursos para a recomposição ainda neste exercício”, declarou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.