IA revoluciona exames oculares tornando-os 100 vezes mais rápidos

Nova IA torna exames de olho 100x mais rápidos, prometendo diagnósticos ágeis de doenças como DMRI.

óptica

Exames oculares sempre foram uma parte importante da saúde ocular, mas agora, graças a uma inovação tecnológica, eles estão prestes a ficar muito mais rápidos. Para entender nossos olhos, médicos utilizam várias técnicas. Uma das mais comuns é a tomografia de coerência óptica (OCT), que cria imagens detalhadas da retina e do nervo óptico usando luz. Embora útil, esse exame pode demorar um bocado para ser concluído.

Pesquisadores estão enfrentando esse desafio de frente, aplicando inteligência artificial (IA) para acelerar o processo. Este avanço impressionante foi realizado por uma equipe dos Institutos Nacionais de Saúde, tornando o exame OCT 100 vezes mais rápido. A rapidez é fundamental, especialmente quando se trata de diagnosticar condições como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma das principais causas de perda de visão em pessoas acima de 50 anos.

A busca por precisão em imagens de retina levou ao desenvolvimento de outra tecnologia: a óptica adaptativa (AO). Contudo, esse método enfrenta um desafio: o speckle, que faz com que partes da imagem pareçam borradas. Antes da IA, especialistas tinham que tirar várias fotos e juntá-las para obter uma imagem clara, um processo longo e tedioso.

Então, eis que surge a IA para salvar o dia, por meio de uma técnica chamada rede geradora discriminadora paralela adverbial (P-GAN). Esse novo método combinado com a tecnologia AO-OCT permite, pela primeira vez, superar a dificuldade de capturar imagens claras da retina, algo que desafiava médicos e cientistas há anos.

Johnny Tam, da Seção de Imagens Clínicas e Translacionais do National Eye Institute do NIH, falou sobre o potencial revolucionário dessa nova tecnologia. Ele acredita firmemente que ela pode mudar totalmente a forma como as imagens são capturadas, tornando os diagnósticos oftalmológicos mais rápidos e acessíveis. Detalhes deste estudo inovador foram publicados na revista Communications Medicine, prometendo um futuro em que exames oculares não apenas sejam precisos, mas também incrivelmente ágeis.