Em um cenário onde o céu nublado cobria a histórica Olímpia, a chama olímpica para os Jogos de Paris-2024 foi acesa nesta terça-feira. Diferente da tradicional cerimônia ao sol, desta vez, utilizou-se uma chama reserva, garantida desde o ensaio geral realizado na segunda-feira anterior.
Este momento simbólico, que aconteceu entre as antiquíssimas ruínas do templo de Hera, marcou o início de uma jornada de 11 dias da chama pela Grécia, antes de sua viagem à França. A grandiosa abertura dos Jogos está agendada para 26 de julho, prometendo encerrar-se em 11 de agosto.
Na presença de figuras notáveis, incluindo Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), destacou-se uma mensagem de esperança em meio à atualidade conturbada por guerras e conflitos. “Neste período difícil, as pessoas estão cansadas do ódio. Aspiramos algo que nos una novamente, algo que nos dê esperança”, disse Bach, enaltecendo o simbolismo da chama olímpica como um farol de esperança.
Tony Estanguet, líder do comitê organizador de Paris-2024, reforçou essa visão, considerando a iminente edição dos Jogos uma “força de inspiração” para o presente e futuro. A jornada da tocha na Grécia será marcada pela participação de 600 pessoas, abrangendo 5.000 quilômetros que incluirão sete ilhas e dez áreas arqueológicas notáveis, como a Acrópole de Atenas, que hospedará a tocha ao lado do Partenon.
A chama fará um trajeto simbólico, embarcando do porto de Pireu rumo a Marselha, na França, onde chegará em 8 de maio. A partir deste ponto, o símbolo olímpico percorrerá todo o território francês, numa demonstração de unidade e esperança, cruzando até mesmo territórios ultramarinos, como as Antilhas e a Polinésia Francesa.