Paciente recebe coração mecânico e rim de porco em cirurgia pioneira

Lisa Pisano, enfrentando falência múltipla de órgãos, recebe coração mecânico e rim de porco em intervenções pioneiras em NY.

xenotransplantes

Lisa Pisano, uma mulher de 54 anos, enfrentava uma condição crítica com insuficiência cardíaca e doença renal em estágio terminal. Com uma previsão de vida de apenas algumas semanas, suas chances de sobreviver por meio de um transplante convencional eram extremamente baixas devido ao alto risco de rejeição do seu corpo aos novos órgãos.

Uma solução inovadora com um coração mecânico e um rim de porco

A equipe médica do hospital NYU Langone Health, em Nova York, apresentou uma alternativa pioneira que poderia dar a Lisa uma nova chance de vida. Este mês, ela foi submetida a dois procedimentos médicos revolucionários: a instalação de um coração mecânico e o transplante de um rim de porco geneticamente modificado. Essas etapas foram necessárias pois Lisa possuía altos níveis de anticorpos que atacavam tecidos humanos, mas, curiosamente, não tinha anticorpos contra órgãos de porcos.

O rim porcino utilizado no transplante foi especialmente modificado para ser compatível com humanos, e Lisa também recebeu uma glândula timo de porco, que ajuda a prevenir a rejeição dos novos órgãos.

Impacto e sucesso da cirurgia

O procedimento foi bem-sucedido, fazendo de Lisa a segunda pessoa no mundo a receber um transplante de rim porcino funcionando corretamente. De acordo com o Dr. Robert Montgomery, que liderou a cirurgia do rim, esse sucesso ajuda a avançar o entendimento e possível adoção de xenotransplantes – transplantes de órgãos entre diferentes espécies – como uma solução viável para salvar vidas no futuro.

Este caso não apenas oferece esperança para Lisa, mas também abre portas para novas pesquisas e possibilidades no campo dos transplantes, possibilitando alternativas inovadoras para pacientes que enfrentam condições similares.

O hospital divulgou um vídeo detalhando o caso e o processo cirúrgico, destacando a importância desse avanço para a medicina transplantadora.