Apesar do término da fase mais aguda da pandemia, o coronavírus ainda é objeto de temor global, reforçado pelo impactante número de mais de 5 milhões de óbitos atribuídos à doença. A famigerada “Covid longa”, caracterizada pela persistência de sintomas por longos períodos, intensifica esse medo. Para compreender melhor essa e outras características do vírus, pesquisas continuam a todo vapor.
Recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia fizeram uma descoberta significativa. Publicado na The Lancet Infectious Diseases, um estudo revelou que partículas do vírus SARS-COV-2 podem permanecer no sangue de infectados por até 14 meses após a recuperação. É importante notar, no entanto, que as amostras analisadas datam de 2020, período anterior ao desenvolvimento das vacinas, o que sugere que a interação do vírus com sistemas imunológicos atualmente pode diferir.
Os cientistas também esclareceram que, embora não estabeleça uma ligação direta entre as partículas virais persistentes e a Covid longa, o estudo introduz uma hipótese ainda a ser provada. Além disso, o fato de as amostras terem sido coletadas em três fases distintas abre a possibilidade de reinfeção entre os períodos analisados, o que poderia indicar a introdução de novas partículas virais ao invés de uma persistência das originais.
No entanto, o time de cientistas mantém a confiança na relevância de seus achados, defendendo a necessidade de mais pesquisas para esclarecer as incógnitas restantes e confirmar a durabilidade dessas partículas. As informações detalhadas estão documentadas pelo IFL Science, destacando a importância contínua de estudos nesse setor.