A ausência prolongada de Silvio Santos nas atividades do SBT parece ter impactado negativamente a emissora. Sob a liderança de Daniela Beyruti, terceira filha do fundador, a recente reformulação da programação não trouxe os resultados esperados, resultando em números alarmantes de audiência. No competitivo mercado de São Paulo, o SBT viu seu tradicional terceiro lugar ameaçado pela Band, com médias diárias oscilando entre 1 e 3 pontos, segundo dados do Ibope.
A situação é ainda mais crítica em outras capitais, com destaque para os índices registrados em Belém, no Pará. Lá, a emissora marcou míseros 0.8 pontos de média ao longo de um dia inteiro, chegando a zerar em certos momentos. O novo programa matutino “Chega Mais”, carro-chefe da nova grade e apresentado por Regina Volpato, Michelle Barros e Paulo Mathias, não conseguiu atrair os telespectadores, zerando na audiência das 09h30 às 11h30.
Outras apostas também enfrentaram dificuldades. “Tá na Hora”, conduzido por Marcão do Povo e Márcia Dantas no período vespertino, e visando competir com programas como “Cidade Alerta” e “Brasil Urgente”, registrou apenas 1.1 ponto de média. Mesmo com uma reformulação para ser menos formal, o “SBT Brasil”, ancorado por Cesar Filho, também não alcançou a performance desejada, com 1.8 pontos.
Na madrugada, o “SBT PodNight” se juntou à lista de programas sem audiência, evidenciando uma crise mais ampla na grade da emissora. Com o mercado televisivo cada vez mais competitivo, especialmente em regiões estratégicas como Belém, o SBT enfrenta um desafio significativo para recuperar sua relevância e audiência nesse novo contexto.