As maravilhas e desafios do streaming
A era digital trouxe a liberdade de escolher o que assistir e quando assistir, graças aos serviços de streaming. Com uma variedade de opções a preços inicialmente baixos, parece uma solução ideal para muitos. No entanto, essa conveniência pode se tornar um fardo financeiro quando somadas múltiplas assinaturas, aproximando-se dos custos de um pacote de TV a cabo tradicional.
Mas o que está acontecendo nos EUA? Os americanos, acostumados a uma vasta gama de plataformas, adotaram uma nova tática: a rotatividade nas assinaturas. Isso significa que eles alternam os serviços regularmente. Atraídos por séries ou filmes específicos, usuários inscrevem-se numa plataforma e, após consumirem o conteúdo desejado, cancelam a assinatura sem custo adicional. Se outro programa atrativo aparece, eles podem facilmente se reinscrever.
Os efeitos dessa prática na indústria
Essa flexibilidade dos usuários representa um desafio para as plataformas, que enfrentam dificuldades em manter uma base de assinantes estável. Empresas de mídia tradicionais, como Paramount, Warner Bros. Discovery, NBCUniversal e Disney, antes beneficiadas pelo modelo lucrativo da TV a cabo, agora lidam com as incertezas do streaming. Por exemplo, o Peacock da NBCUniversal reportou uma perda de US$ 2,8 bilhões no último ano.
Como resposta, as plataformas têm reduzido os investimentos em novos programas, cortado produções e até elevado os preços dos serviços, sem garantias de lucratividade. Além disso, empresas como a Disney estão inovando por meio de pacotes, como o que inclui Disney+, Hulu e ESPN+, e até planejam lançar novos serviços, como um de streaming de esportes em colaboração com a Fox e a Warner Bros. Discovery.
Para atrair e manter assinantes, as plataformas investem em promoções frequentes e antecipam novidades com o recurso do “em breve”. Ainda assim, não é garantido que tais estratégias darão certo, mas a tendência de alternância de serviços por parte dos consumidores não mostra sinais de mudança.
