Governador pede adiamento das eleições do RS, mas TSE descarta possibilidade

Governador do RS, Eduardo Leite, solicita adiamento das eleições municipais, mas TSE afirma que decisão cabe ao Congresso. Urnas eletrônicas estão prontas.

Apesar da solicitação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para adiar as eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não considera essa possibilidade no momento. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta segunda-feira (20), Leite argumentou que a discussão sobre o adiamento precisa ser rápida. “O Estado estará em reconstrução, ainda em momentos iniciais, em que mudanças nos governos municipais podem complicar esse processo. O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação”, afirmou.

Contudo, essa questão ainda não chegou ao TSE. Integrantes da corte eleitoral destacaram que a decisão sobre o adiamento de eleições é competência do Congresso Nacional, pois requer uma emenda constitucional.

Apesar dos danos causados pelas enchentes, há uma reserva técnica de urnas eletrônicas para substituir as que foram perdidas, permitindo a realização das eleições conforme planejado. Em Porto Alegre, cerca de 15 mil urnas estão armazenadas, mas apenas cinco mil serão usadas no pleito de outubro. A maioria dessas urnas está em prateleiras altas, possivelmente protegidas da água, embora o impacto total só será avaliado quando as águas recuarem.

É importante lembrar que as eleições municipais já foram adiadas em 2020 devido à pandemia de coronavírus. Naquela ocasião, o Congresso aprovou uma emenda em julho, adiando as eleições por um mês e meio, embora a data de posse dos eleitos tenha sido mantida para 1º de janeiro de 2021.