Delmiro Gouveia, AL – A Polícia Federal em Alagoas realizou na última sexta-feira, 24, as operações “Mercador da Inocência 2” e “Inocência Compartilhada 5”, visando combater o armazenamento, compartilhamento e venda de imagens de abuso sexual infantil na internet.
Na operação “Inocência Compartilhada 5”, a PF investiga a divulgação e compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil por meio de grupos em aplicativos de mensagens. Identificou-se que os grupos incluíam participantes com números de telefone até de outros países.
Durante a operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Delmiro Gouveia. Dois aparelhos celulares foram apreendidos e serão periciados para identificar os arquivos compartilhados. O suspeito poderá ser indiciado por armazenamento e publicação de imagens de sexo explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes, conforme os artigos 241-A e 241-B da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e Adolescente), cujas penas podem ultrapassar 10 anos de prisão.
Na operação “Mercador da Infância 2”, investiga-se a venda, publicação, compartilhamento e armazenamento de grande quantidade de arquivos de abuso e exploração sexual infantil. O acesso a esses arquivos era oferecido em redes sociais por R$ 50, com anúncios em português, inglês e espanhol, indicando a intenção de atingir um público internacional.
Cumpriu-se um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal de Alagoas. Durante a busca, foram apreendidos um laptop, um celular e um pen drive, que serão periciados pelo setor técnico-científico da PF. Arquivos com cenas de sexo explícito e/ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes foram encontrados no laptop, resultando na prisão em flagrante do suspeito, conforme o artigo 241-B da Lei 8.069/90.
Além dos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B da Lei 8.069/90, o suspeito poderá responder também pelo crime de venda desse tipo de material, conforme o artigo 241 da mesma lei. As penas máximas somadas podem chegar a 18 anos de prisão.