EUA podem aprovar novo exame de sangue para câncer de cólon

FDA recomenda exame de sangue para detectar câncer de cólon; eficácia é menor que a da colonoscopia, mas pode ser alternativa importante.

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A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos emitiu uma recomendação favorável para a aprovação de um novo exame de sangue desenvolvido pela Guardant Health, uma empresa especializada em biotecnologia. Este exame revolucionário tem a capacidade de detectar câncer colorretal, aquele que se origina no cólon ou reto.

O painel consultivo da FDA aprovou o teste por uma margem significativa de 7 votos a favor e 2 contra, argumentando que os benefícios do procedimento superam os riscos potenciais. Esta aprovação preliminar é um passo importante, mas a FDA ainda precisará realizar uma análise final antes de conceder a aprovação definitiva, cujo cronograma não foi divulgado.

Se aprovado oficialmente, o exame de sangue Shield, como está sendo chamado, se tornaria o segundo teste do gênero a ser liberado para o diagnóstico de câncer colorretal nos Estados Unidos, após a Epi proColon da Epigenomics, que obteve aprovação em 2016.

Precisão e preocupações

Membros do painel levantaram preocupações quanto à precisão do teste Shield em comparação com a colonoscopia convencional. Os dados revelam que o exame detectou apenas 13% dos adenomas avançados, lesões pré-cancerígenas no cólon. Por outro lado, um estudo demonstrou que o teste foi capaz de identificar 83% dos cânceres colorretais, o que motivou a Guardant a solicitar sua aprovação.

“O Shield é melhor do que nada, mas não quero minimizar a questão de que este teste irá deixar de encontrar vários cânceres,” alertou Charity Morgan, membro do painel da FDA e professora do departamento de bioestatística da Universidade do Alabama. As colonoscopias tradicionais, consideradas o padrão ouro para esses casos, conseguem detectar 92,3% dos cânceres colorretais.

Frequência de testes

A Guardant Health espera que o teste Shield precise ser repetido a cada um ou três anos, segundo Victoria Raymond, executiva da empresa. No entanto, ela enfatizou que “a colonoscopia deve ser a opção priorizada” para o rastreamento do câncer colorretal.