Autoridades de saúde internacionais estão monitorando de perto o surgimento de um segundo caso de transmissão da gripe aviária de bovinos para seres humanos nos Estados Unidos. A descoberta foi confirmada por pesquisadores e gera preocupação diante do surto viral em curso.
O primeiro caso da influenza aviária em gado foi detectado em março deste ano. Desde então, o vírus tem se disseminado amplamente, sendo encontrado inclusive em amostras de leite cru. Até o momento, dois agricultores contraíram a doença devido ao contato com vacas infectadas nos EUA, porém ambos apresentaram apenas sintomas leves e se recuperaram.
Vírus se adaptando aos mamíferos
Estudos indicam que a cepa H5N1 do vírus sofreu mutações que a tornaram mais apta a infectar células de mamíferos. Apesar disso, autoridades americanas afirmam não haver “nenhum sinal de atividade incomum de influenza em pessoas” até o momento.
Vacinas como principal defesa
Temendo a possibilidade de transmissão entre humanos no futuro, uma pesquisa publicada na revista Human Vaccines & Immunotherapeutics defende a vacinação contra a gripe aviária. Pesquisadores da Universidade da Geórgia sugerem que as vacinas ainda são nossa “defesa primária” contra a potencial disseminação de influenzas aviárias, como o H5N1.
A equipe analisou estudos envolvendo vacinas testadas em camundongos, furões e primatas, além de ensaios clínicos com imunizantes contra a gripe aviária em humanos. A publicação sugere que as vacinas inativadas são uma opção segura e acessível capaz de estimular a produção de anticorpos em nosso corpo.