Em vez de depender de amostras de sangue invasivas, uma nova tecnologia permite realizar exames utilizando o suor como alternativa. Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia (KIST) e da Universidade Northwestern, esse dispositivo estimula as glândulas sudoríparas a liberar o suor necessário para análise, sem a necessidade de exercícios extenuantes.
O equipamento é um adesivo flexível aplicado à pele, contendo componentes como bateria, eletrodos, circuito integrado, canais microfluídicos e sensores colorimétricos. Em sua parte inferior adesiva, há duas seções de hidrogel com a droga pilocarpina. Ao serem ativados, os eletrodos liberam uma corrente elétrica fraca que aciona a pilocarpina, estimulando as glândulas sudoríparas adjacentes a produzirem suor.
O suor é então transportado pelos canais microfluídicos até reservatórios localizados sobre os sensores colorimétricos. Se determinados biomarcadores estiverem presentes na amostra, os sensores mudarão de cor, indicando resultados específicos. Testes com bebês diagnosticados com fibrose cística demonstraram que os dispositivos detectaram níveis elevados de cloreto (um indicador confiável da doença) com precisão superior a 98%. Os adesivos também se mostraram precisos na detecção de concentrações de zinco e ferro no suor, biomarcadores relacionados à desnutrição associada à fibrose cística.
Procedimento indolor e não invasivo
Essa técnica revolucionária elimina a necessidade de agulhas e esforços físicos intensos, tornando os exames mais confortáveis e acessíveis. Com o avanço dessa pesquisa, os adesivos poderão ser aprimorados para detectar diferentes condições médicas por meio do suor, proporcionando um método de diagnóstico simples, eficaz e indolor.