Jefferson Veríssimo da Silva, conhecido como “Arrepiado”, foi morto em um confronto com policiais em Feira de Santana, Bahia, nesta terça-feira (4). Ele era suspeito de estar envolvido no plano para sequestrar e matar o senador Sérgio Moro. Ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Arrepiado fazia parte da ramificação “Quadro da Sintonia Restrita” e era o número 2 na hierarquia.
O confronto que resultou na morte de Arrepiado envolveu agentes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e das polícias Civil, Militar e Federal. Natural de São Paulo, ele fugiu para a Bahia na tentativa de escapar da vigilância das autoridades, chegando a mudar de identidade.
Jefferson atuava na coordenação de ataques contra autoridades, incluindo policiais, promotores, delegados e políticos. Além disso, ele articulava alianças entre o PCC e grupos criminosos menores na Bahia, visando expandir a influência da facção.
Em junho de 2020, Arrepiado atropelou e matou o cabo PM da ROTA, Jefferson Ferreira, na Zona Leste de São Paulo, o que lhe garantiu uma ascensão dentro do PCC. Após o crime, fugiu para Feira de Santana, onde vivia em um hotel de luxo, exibindo carros e relógios importados, e fornecia drogas, armas e munições para o Nordeste.
Em 2022, o senador Sérgio Moro foi alvo de um plano do PCC. O grupo pretendia sequestrá-lo e mantê-lo em cativeiro em um sítio na periferia de Curitiba. O objetivo era usar a vida de Moro como moeda de troca pela transferência de Marcos Camacho, o Marcola, líder do PCC, da penitenciária federal de segurança máxima em Brasília para o sistema prisional estadual de São Paulo. A Polícia Federal frustrou o plano com uma operação que impediu a ação dos criminosos.