Novo teste de 5 minutos para demência triplica diagnósticos em minorias

Novo teste de 5 minutos triplica a detecção de demência em negros e hispânicos, melhorando tratamento. Descubra como.

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O combate à demência enfrenta obstáculos significativos em comunidades negras e hispânicas. Os métodos convencionais de diagnóstico desconsideram aspectos culturais cruciais para identificar a doença de forma precisa nessas populações. No entanto, um teste inovador de apenas cinco minutos surge como uma solução promissora para mitigar esse desafio.

Desenvolvido pela Albert Einstein College of Medicine e Montefiore Health System, o novo teste triplicou as chances de identificação e tratamento da demência. Um estudo publicado na Nature Medicine avaliou mais de 1.200 pacientes idosos residentes no Bronx, Nova York, utilizando essa nova abordagem.

Dentre os participantes, 94% eram negros e/ou hispânicos/latinos, residentes em áreas socioeconomicamente desfavorecidas. O grupo foi dividido em duas partes: aqueles submetidos ao teste 5-Cog e aqueles que não foram avaliados por ele.

Após um acompanhamento de três meses, os cientistas constataram que o grupo avaliado com o novo teste apresentou três vezes mais chances de receber “melhores ações de tratamento da demência”. Isso significa que eles tiveram maior probabilidade de serem diagnosticados com comprometimento cognitivo leve ou demência e, posteriormente, encaminhados a especialistas.

Os pesquisadores têm grandes expectativas de que esse teste possa fazer a diferença, permitindo um diagnóstico mais preciso e rápido em populações socialmente vulneráveis. Essa ferramenta pode ser um passo crucial para reduzir as disparidades no acesso a cuidados de saúde e tratamentos adequados para a demência nessas comunidades.