Ciberataque no TikTok: CNN e Paris Hilton Entre os Alvos Atingidos

Ciberataque atinge contas no TikTok; CNN comprometida, mas Paris Hilton escapa ilesa. TikTok enfrenta pressão para venda nos EUA.

Texto

Em meio a um ciberataque que comprometeu sua conta no TikTok, a rede CNN enfrentou um incidente de violação de segurança. O porta-voz da popular plataforma de vídeos confirmou que um “número muito limitado” de contas foi alvo do ataque digital, incluindo a página oficial da emissora de notícias, enquanto a conta de Paris Hilton, com mais de dez milhões de seguidores, permaneceu intacta.

A ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, informou à BBC que está trabalhando para restaurar o acesso às contas afetadas, porém não forneceu detalhes sobre como o ciberataque ocorreu. A CNN foi notificada sobre o comprometimento de sua conta com a seguinte declaração:
“Estamos cientes de que a conta da CNN foi afetada e nosso time de conteúdo moderado solicita que a conta seja restaurada. Uma vez restaurada, esperamos que a CNN possa desfrutar da experiência do criador completa no TikTok.”

Ameaça de proibição nos EUA
Este incidente ocorre em meio a crescentes preocupações sobre a segurança dos dados dos usuários e os vínculos do TikTok com o governo chinês. A rede social enfrenta a possibilidade de ser banida nos Estados Unidos, a menos que a ByteDance venda a empresa para uma empresa estadunidense.

Campo de batalha política

Com milhões de usuários em todo o mundo, o TikTok se transformou em um palco para a disputa eleitoral presidencial nos EUA. Tanto Donald Trump quanto Joe Biden criaram contas na plataforma para alcançar o eleitorado, especialmente os mais jovens.

No fim de semana, Trump, que tentou banir o TikTok por razões de segurança nacional durante seu mandato, criou uma conta na rede social e já acumula mais de cinco milhões de seguidores. O ex-presidente republicano declarou que usará “todas as ferramentas disponíveis para falar diretamente com o povo americano”.

Por outro lado, o atual presidente Joe Biden, candidato à reeleição democrata, também utiliza a plataforma para fazer campanha, mas conta com “apenas” 350 mil seguidores, muito menos que seu rival.