Desfrutar de uma bebida alcoólica durante voos longos é uma prática comum entre viajantes. Entretanto, uma nova pesquisa alemã revela que essa combinação de álcool e condições de altitude pode colocar sua saúde cardíaca em risco.
Baixos níveis de oxigênio a bordo
De acordo com o estudo realizado pelo Instituto de Medicina do Centro Aeroespacial Alemão e da Universidade RWTH Aachen, a pressão dentro da cabine dos aviões comerciais, que simula uma altitude de cerca de 8.000 pés (2.400 metros), reduz significativamente os níveis de oxigênio no sangue. Este fenômeno, conhecido como “hipóxia hipobárica”, faz com que os tecidos não recebam oxigênio suficiente, levando o coração a trabalhar mais intensamente para suprir essa demanda.
Efeitos combinados do álcool e altitude
O álcool, por sua vez, tem um efeito relaxante nas paredes dos vasos sanguíneos, acelerando a frequência cardíaca durante o sono. A pesquisa envolveu 48 participantes saudáveis, divididos em dois grupos: um que dormiu em condições normais de pressão e oxigênio, e outro que dormiu em um ambiente simulado de cabine pressurizada.
Os resultados revelaram que a exposição combinada ao álcool e à baixa pressão de oxigênio reduziu o sono profundo em 46,5 minutos, além de diminuir a saturação de oxigênio no sangue para 85% e aumentar a frequência cardíaca.
Riscos para passageiros mais velhos
Embora os participantes fossem jovens e saudáveis, os pesquisadores alertam que doses maiores de álcool podem amplificar esses efeitos, aumentando potencialmente o risco de complicações de saúde e emergências médicas durante o voo, especialmente entre pessoas mais velhas e aquelas com condições médicas pré-existentes.
Por esse motivo, eles recomendam que passageiros e tripulantes sejam informados sobre esses riscos, e sugerem a consideração de regulamentações mais rígidas para restringir o acesso a bebidas alcoólicas a bordo dos aviões.
