Mudanças Climáticas Podem Aumentar Casos de Malária no Mundo, Afirma Estudo

Pesquisadores de Leeds criam modelo inovador para prever impacto das mudanças climáticas na transmissão da malária, auxiliando no combate à doença.

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Um grupo de pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, desenvolveu um modelo inovador para prever os impactos das mudanças climáticas na transmissão da malária. A abordagem distintiva avalia como as chuvas e os fluxos de água influenciam a formação de reservatórios superficiais, essenciais para a reprodução dos mosquitos vetores.

Segundo os cientistas, esse modelo permite calcular, por exemplo, quantos meses em um ano apresentam maior probabilidade de transmissão da malária. Além disso, as informações obtidas podem ser utilizadas para identificar áreas de risco e adotar medidas de prevenção e combate à doença.

Os pesquisadores ressaltam a importância de analisar os impactos do aumento das temperaturas nos fluxos de água, já que esses são cruciais no ciclo de transmissão da malária. Essa é uma das razões pelas quais a doença é mais frequente em regiões tropicais.

Mudanças ambientais na Amazônia

Diversos estudos científicos realizados no Brasil apontam que as atividades humanas têm impactos claros na dinâmica de transmissão da malária na Amazônia. Isso ocorre porque alterações na vegetação da floresta, como o desmatamento, modificam a biodiversidade dos mosquitos vetores.

Além disso, as novas condições ecológicas causadas pelas mudanças climáticas podem permitir que outras espécies de mosquitos passem a transmitir a doença. O estudo desenvolvido na Universidade de Leeds foi publicado na revista científica Science.