Conselho de Ética da Câmara investiga brigas e agressões entre deputados

Conselho de Ética da Câmara enfrenta tumultos e agressões crescentes entre deputados com 5 representações em tramitação.

O ambiente no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados tem sido palco de tensas disputas e confrontos físicos entre parlamentares nos últimos meses. Desde maio, cinco representações foram iniciadas contra deputados, com três delas relacionadas a conflitos ocorridos dentro do Congresso Nacional.

Os últimos acontecimentos destacam a crescente intensidade dessas discussões. Deputados como André Janones (Avante-MG), Éder Mauro (PL-PA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) estiveram envolvidos em empurrões no plenário, necessitando intervenção da Polícia Legislativa. Em outro incidente, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), de 89 anos, precisou de hospitalização após se sentir mal durante uma discussão na Comissão de Direitos Humanos.

Além disso, uma debate acalorado entre as deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Júlia Zanatta (PL-SC) deu origem a uma intervenção do deputado Nikolas Ferreira, exacerbando ainda mais a situação. Em abril, Glauber Braga (PSOL-RJ) foi envolvido em um episódio onde chutou um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) após um desentendimento na Câmara.

O deputado Glauber Braga enfrenta duas representações no Conselho de Ética. Uma delas, arquivada pelo Partido Novo, alegando quebra de decoro parlamentar no confronto com o membro do MBL. Até agora, não foi indicado um relator para esse caso pelo presidente do Conselho, Leur Lomanto Jr. (União-BA). A outra denúncia contra Braga, apresentada pelo PL, acusa-o de agressão física ao deputado Abílio Brunini (PL-MT) durante uma reunião da Comissão de Direitos Humanos. Essa representação está sob a relatoria de Ricardo Ayres (Republicanos-TO), mas ainda aguarda parecer.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também é alvo de investigação, com denúncia do PL alegando que ela teria ofendido familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública. Neste caso, o relator Júlio Arcoverde (PP-PI) recomendou o arquivamento da denúncia, aguardando a deliberação final do colegiado.