Um estudo recente conduzido pelo YouTube, em colaboração com a firma de pesquisa SmithGeiger, revelou que 65% dos jovens da Geração Z nos Estados Unidos se identificam como criadores de conteúdo de vídeo. Esses dados fazem parte do relatório anual de tendências da plataforma.
A pesquisa envolveu milhares de entrevistas e reflete uma tendência observada pelo Pew Research Center no ano anterior: YouTube e TikTok são as redes sociais mais populares entre os adolescentes americanos. A Geração Z, que engloba indivíduos nascidos entre 1995 e 2010, utiliza majoritariamente vídeos para consumo e comunicação, preferindo-os a outros formatos de mídia.
Especialistas consultados pelo jornal The Washington Post, como Brendan Gahan, cofundador e CEO da Creator Authority, afirmam que o vídeo se tornou a linguagem predominante da internet. “Você tem um estúdio de produção na palma da sua mão”, explica Gahan, referindo-se à qualidade das câmeras dos celulares modernos e aos aplicativos disponíveis.
Além disso, a familiaridade desses jovens com a tecnologia e o uso crescente de Inteligência Artificial para fornecer conteúdo relevante contribuem para essa preferência. A analista de mídia social Jasmine Enberg, da Emarketer, destaca que a confiança desses jovens nos meios de comunicação tradicionais tem diminuído. “Eles estão recorrendo a pessoas como eles para entender e analisar notícias, cultura pop e entretenimento”, observa Enberg.
Essa mudança de comportamento impõe desafios significativos para os meios de comunicação, que precisam adaptar suas estratégias para evitar a disseminação de informações falsas na internet. A exposição constante às redes sociais também levanta questões sobre o impacto psicológico nos jovens.
As informações são do Washington Post.