A Polícia Federal (PF) tomou a decisão de indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos distintos: um que investiga a venda ilegal de joias no exterior e outro que apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.
Conforme informações divulgadas pelo Metrópoles junto a fontes da alta cúpula da PF, os relatórios desses inquéritos serão enviados nesta quinta-feira (4/7) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que posteriormente encaminhará os documentos para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
No caso das joias, a lista de indiciados não se limita a Bolsonaro, incluindo também seus aliados e assessores, como os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff. Outro nome que figura na lista é o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que se tornou peça central nos inquéritos após firmar um acordo de delação premiada com a PF.
Apesar dos pedidos de indiciamento, a Polícia Federal não solicitará a prisão preventiva de Bolsonaro nem dos demais envolvidos, conforme previsto anteriormente em junho. Em março, a PF já havia recomendado o indiciamento de Bolsonaro e Mauro Cid no inquérito das vacinas, mas a PGR devolveu o relatório em abril, pedindo um aprofundamento nas investigações.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou em seu despacho a necessidade de coletar mais evidências sobre as investigações da adulteração dos cartões de vacina.