Estudo revela papel crucial do cérebro na decisão de ajudar os outros

Pesquisa identifica região cerebral que influencia comportamento pró-social.

Imagem de rawpixel.com no Freepik

Um estudo recente das universidades de Birmingham e Oxford, publicado no periódico Nature Human Behavior, trouxe à tona novas descobertas sobre o comportamento pró-social. A pesquisa apontou que o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC) desempenha um papel vital na decisão de ajudar outras pessoas.

Os pesquisadores descobriram que o vmPFC, localizado na parte frontal inferior do cérebro, é fundamental na integração de informações emocionais e cognitivas durante a tomada de decisões sociais e morais. O estudo mostrou que essa região cerebral é crucial para a cooperação, reciprocidade e outros comportamentos pró-sociais.

Utilizando técnicas avançadas de mapeamento de sintomas de lesões (VLSM), os cientistas observaram que pacientes com lesões no vmPFC apresentaram menor disposição para realizar esforços físicos visando benefícios financeiros compartilhados. Esses pacientes demonstraram uma redução na sensibilidade ao esforço necessário para ações pró-sociais, em comparação com indivíduos saudáveis e aqueles com lesões em outras regiões do cérebro.

Os insights obtidos com essa pesquisa são significativos tanto para a neurociência quanto para a psicologia clínica. A compreensão dos mecanismos cerebrais que sustentam o comportamento pró-social pode influenciar o desenvolvimento de intervenções terapêuticas para indivíduos que tenham dificuldades nessa área devido a traumas ou condições neurológicas.

Avanços em tecnologias de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), continuam a expandir nosso entendimento sobre as múltiplas funções do cérebro. Estudos futuros poderão explorar ainda mais as interações entre o vmPFC e outras áreas cerebrais, como o córtex cingulado anterior (ACC), que é conhecido por sua participação na regulação emocional e na avaliação das recompensas sociais.

Essas descobertas não só enriquecem nosso conhecimento sobre a complexidade do comportamento humano, mas também abrem portas para a criação de intervenções clínicas e sociais que possam fomentar um comportamento mais compassivo e colaborativo na sociedade.