Uma mulher morreu depois de ser liberada do Hospital Regional Leste (HRL). Marlúcia Machado, dona de casa de 51 anos, havia procurado a unidade médica com dores intensas no peito, mas foi diagnosticada com uma “crise de ansiedade” e recebeu uma pulseira verde, indicando menor urgência. O caso aconteceu na última quarta-feira (10/7).
Segundo relatos de familiares, Marlúcia faleceu cinco minutos após deixar o hospital. Ela estava no carro com sua filha Kamilla Sousa, de 23 anos, a caminho de casa no Itapoã, quando começou a passar mal novamente e sofreu um infarto. Marlúcia deixa seis filhos.
“Uma parte de mim se foi”, lamentou Kamilla, que acompanhava a mãe nos momentos finais. “Ela estava com dores muito fortes no peito e suando frio”, detalhou Kamilla, indignada com a triagem recebida no hospital. “Entregaram uma pulseira verde e disseram que só atenderiam quem estivesse com a da cor vermelha, para casos de urgência e emergência”, criticou Kamilla. Ela foi a responsável por comunicar aos cinco irmãos sobre a perda da mãe.
O velório ocorreu no sábado (13/7) no Campo da Esperança, na Asa Sul. Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que o óbito ocorreu cerca de uma hora após a alta hospitalar, e não em cinco minutos. A pasta explicou que Marlúcia passou por avaliação e foi classificada como “sem gravidade”, pois não havia alterações nos sinais vitais. Ainda segundo a secretaria, quando Marlúcia retornou ao hospital, os profissionais tentaram reanimá-la, mas ela já estava sem vida.
“A Direção Hospital Regional Leste (HRL) esclarece, que a paciente foi atendida e há registro de acolhimento e classificação de risco. No momento do atendimento não havia alterações de sinais vitais sendo classificada como sem gravidade conforme protocolos de classificação. A paciente retornou para casa e após uma hora foi levada de volta ao hospital sem consciência e submetida a procedimentos emergenciais na Sala Vermelha, não respondendo às manobras de reanimação quando foi constatado o óbito”, diz a nota da Secretaria de Saúde.