Tecnologia de IA chinesa registra fotos do lado oculto da Lua

China usa IA para capturar imagens e coletar amostras do lado oculto da Lua.

Imagem: Divulgação/CNSA

A China alcançou um marco histórico ao se tornar o primeiro país a obter amostras do lado oculto da Lua. A conquista foi realizada durante a missão Chang’e 6, que ocorreu este ano e teve a duração de 53 dias. Além de coletar sedimentos lunares, a missão também incluiu a captura de fotos dessa região inexplorada, com o auxílio da inteligência artificial.

De acordo com a agência espacial chinesa CASC, o rover Jinchan demonstrou uma notável autonomia ao se desprender sozinho do módulo de pouso e se deslocar até o local ideal para as fotografias. Utilizando redes neurais, o rover foi capaz de aprender com experiências anteriores e ajustar parâmetros como o ângulo de captura, garantindo as melhores composições para as imagens. Essa tecnologia permitiu que Jinchan se posicionasse de forma precisa para fotografar o módulo que o transportou até a Lua.

Em missões passadas, operações semelhantes demandavam complexos cálculos humanos para determinar a distância entre o lander e a câmera, bem como a orientação e o momento ideal para a foto. Com o uso de IA, esses processos foram automatizados, reduzindo a necessidade de intervenção humana e aumentando a eficiência da missão.

Após a captura das imagens, o veículo de ascensão da Chang’e 6 foi acionado, transportando 1,9 kg de amostras lunares. Ao se acoplar a um módulo de serviços, iniciou-se a viagem de volta à Terra. O material retornou ao nosso planeta em 25 de junho, marcando um avanço significativo na exploração lunar.