PAULO AFONSO – A vereadora do Solidariedade já havia chamado atenção, em reunião na outra semana, com o governo, de que precisaria de uma lista detalhada com o nome e endereço das famílias dos povoados atingidos pelas enchentes [em fevereiro], exatamente porque, no projeto anterior, não vinha discriminado.
“Eles disseram que tinham – a lista das famílias – mas não tiveram a capacidade de mandar. Não vou aprovar recursos públicos que depois eu não possa fiscalizar, indo às casas das pessoas para saber se realmente essas famílias foram beneficiadas, e por isso o governo retirou o projeto”, revelou.
De acordo com Evinha, a Câmara deu um passo importante para garantir mais rigor na fiscalização do erário quando encurtou para apenas 30% a margem de manobra do Orçamento, aprovado no passado. “Esse projeto sequer foi debatido. Quando eu questionei o controlador sobre como seria destinado esse recurso ele disse: ‘não sei explicar’; o secretário da pasta deveria ter vindo explicar e não veio”, enfatizou ela.
Falta de credibilidade do governo
A vereadora questionou ainda, sobre os contratos do transporte escolar que estão com atraso, porque não estavam discriminados no projeto.
“Como eu posso confiar em dar mais 10 milhões a uma prefeitura que, até essa data, estamos praticamente em agosto, ainda não entregou o fardamento e o material escolar de algumas escolas?”
O povo precisa e merece, prossegue Evinha: “mas tem de vir detalhado para que a gente possa garantir que serão realmente gastos com a Educação e da forma correta, e não, como temos o exemplo, daquela compra de ar condicionados que foi feita e os aparelhos estão lá abandonados.”
Evinha foi um dos 9 votos da bancada oposicionista que reprovaram o PL do governo.
Por assessoria parlamentar/Evinha Oliveira.