Novo estudo revela sistema hidráulico inovador na construção das pirâmides do Egito

Estudo revela que um sistema hidráulico complexo pode ter sido essencial na construção das pirâmides do Egito, permitindo o transporte eficiente de materiais.

Imagem: Karel Stipek/Shutterstock

Novo estudo aponta para sistema hidráulico na construção das pirâmides egípcias

Pesquisadores estão reavaliando os métodos de construção das pirâmides do Egito Antigo, sugerindo que um sofisticado sistema hidráulico pode ter sido fundamental para erguer essas grandiosas estruturas. A pesquisa, publicada na revista ResearchGate, apresenta uma nova perspectiva sobre como os antigos egípcios conseguiram movimentar grandes volumes de materiais sem a tecnologia moderna.

A Pirâmide de Djoser, localizada no planalto de Saqqara e datada de aproximadamente 4.700 anos, é um exemplo emblemático. Composta por 330.400 metros cúbicos de pedra e argila, sua construção representa um impressionante feito da engenharia da época. Os pesquisadores indicam que o rio Nilo foi crucial nesse processo, possibilitando o transporte dos materiais necessários.

Conforme detalha o estudo, a proposta é que um sistema de irrigação, que incluía uma barragem de dois quilômetros e uma estação de tratamento de água, facilitou o trabalho dos construtores. A barragem, com paredes de 15 metros, teria filtrado sedimentos antes que a água fluísse para uma instalação conhecida como “Trincheira Profunda”, onde partículas indesejadas se depositavam, garantindo a eficiência do sistema.

Depois de tratada, a água seria direcionada para um elevador hidráulico que utilizava a força do líquido para içar as pedras. Esse mecanismo operava em ciclos de enchimento e esvaziamento, permitindo que os blocos de pedra fossem transportados verticalmente até o nível necessário para a construção da pirâmide.

Embora a teoria apresente uma nova luz sobre as técnicas de engenharia utilizadas, o estudo ainda carece de revisão por pares, um passo crucial para a validação das descobertas.