Brasil apresenta plano nacional de IA, mas carece de estratégia clara

Brasil anuncia seu Plano Nacional de IA, mas enfrenta críticas por falta de estratégia clara e foco em setores essenciais, como serviços e inovação.

(Imagem gerada via Gemini/Olhar Digital)

O Governo Federal do Brasil revelou, em 30 de julho, seu Plano Nacional de Inteligência Artificial, que promete um futuro promissor para o desenvolvimento da tecnologia no país. No entanto, especialistas alertam que a proposta carece de uma estratégia bem definida e focada.

O documento, que apresenta uma variedade de iniciativas, abrange desde o fomento à indústria de microchips até a construção de data centers com energia renovável. Apesar de suas boas intenções, críticos apontam que o plano se assemelha mais a uma lista de intenções do que a uma estratégia coesa. A ausência de um diagnóstico claro e de um caminho estratégico torna difícil identificar qual é o papel que o Brasil pretende desempenhar na arena internacional da inteligência artificial.

Profissionais do setor ressaltam a importância de concentrar recursos em áreas específicas, ao invés de tentar abranger todas as frentes simultaneamente. O plano, que destina cerca de 34% de seu orçamento, aproximadamente R$ 9,1 bilhões, para a ação “Soluções de IA para as Missões da Nova Indústria Brasil”, pode estar negligenciando o setor de serviços, que representa 70% do PIB nacional e é onde a aplicação de IA pode gerar a maior parte de empregos e inovações.

A proposta parece estar em um estágio inicial, necessitando de debates e refinamentos para se tornar uma estratégia nacional efetiva. Para que o Brasil se destaque na era da inteligência artificial, é essencial estabelecer um foco claro e integrar as iniciativas de maneira sinérgica, visando uma aplicação mais eficaz dos recursos disponíveis.