O resgate dos passageiros do avião da VoePass, que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo, São Paulo, está sendo conduzido meticulosamente pelos bombeiros, de acordo com Maycom Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Ele explicou que o processo de retirada dos corpos está sendo feito da cabine até a cauda da aeronave, fileira por fileira, pois, com o impacto, as vítimas permaneceram nos assentos que ocupavam durante o voo.
O primeiro veículo a transportar os corpos para o Instituto Médico Legal (IML) partiu de Vinhedo rumo a São Paulo com 12 corpos, sendo que dois deles já foram identificados pelo Instituto. Segundo Cristo, o fato dos corpos estarem na mesma posição dos assentos antes do impacto está facilitando a identificação das vítimas.
“O avião caiu de maneira que ficou praticamente nivelado ao solo, o que deixou o contorno da aeronave visível no chão. Isso nos permite identificar as vítimas fileira por fileira, da frente para trás. Quando localizamos uma fileira, removemos e identificamos todos os corpos antes de seguir para a próxima. Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos assentos”, detalhou Maycom Cristo durante uma coletiva de imprensa em frente ao condomínio onde o avião caiu.
Cristo também ressaltou que o trabalho inicial das equipes foi realizado externamente, com o mapeamento do local do acidente e da aeronave, em colaboração com a Polícia Militar, o IML e a Polícia Técnica. Em seguida, as equipes começaram a remover os destroços para alcançar os corpos. “A parte frontal da aeronave sofreu danos menores na queda, o que facilitou a remoção dos primeiros corpos”, explicou Cristo.
Infelizmente, nenhuma das 62 pessoas a bordo, incluindo 58 passageiros e quatro tripulantes, sobreviveu ao trágico acidente.
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