A integração da inteligência artificial (IA) e da conectividade está promovendo uma revolução significativa na mobilidade. Este fenômeno vai além das funcionalidades convencionais de veículos conectados, como telas multimídias e aplicativos; trata-se de uma transformação que redefine os processos da indústria automotiva.
Os veículos conectados, que estão equipados com modens, geram uma quantidade imensa de dados diariamente. No entanto, a mera coleta dessas informações não é suficiente. A capacidade de interpretar e agir sobre esses dados é essencial para otimizar o desempenho e a experiência do usuário. Para isso, a inteligência artificial se torna uma ferramenta crucial, auxiliando na organização e análise de dados em uma velocidade que os humanos não conseguiriam acompanhar.
Um elemento chave nessa dinâmica é a intersecção entre a IA e o conhecimento humano especializado. Especialistas conseguem traçar estratégias e identificar correlações que a tecnologia ainda não reconheceu. Isso resulta em ações preventivas, permitindo que problemas sejam resolvidos antes de afetar o funcionamento dos veículos, o que é uma mudança significativa em comparação com abordagens tradicionais que esperavam por falhas para intervir.
Um exemplo prático dessa abordagem pode ser observado na Ford, que opera um Command Center dedicado ao monitoramento de mais de 100 mil veículos conectados na América do Sul. Essa central processa um volume impressionante de 90 milhões de linhas de dados gerados diariamente. Uma equipe analisa esses dados em busca de anomalias que ainda não impactaram o consumidor, permitindo assim desenvolver soluções de forma proativa.
Com essa metodologia, a indústria automotiva está promovendo uma nova forma de pensar e operar, focando na prevenção ao invés da reação. Essa transformação não apenas melhora a experiência do consumidor, como também permite que os engenheiros se concentrem em tarefas com maior valor agregado, como inovação e eficiência dos veículos.
A combinação de dados, inteligência artificial e expertise humana promete um futuro mais otimizado e confiável para a mobilidade, sinalizando uma tendência crescente na indústria automotiva.