Um quarto dos pacientes em coma pode realizar tarefas cognitivas, revela estudo

Cerca de 25% dos pacientes em coma apresentam atividade cerebral que indica a capacidade de realizar tarefas cognitivas, revelando potencial para comunicação.

Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock

Um estudo recente revelou que cerca de 25% dos pacientes em coma ou em estado vegetativo são capazes de realizar tarefas cognitivas, um fenômeno conhecido como dissociação motora cognitiva (DMC). Essa condição ocorre quando indivíduos que parecem não responder ainda apresentam atividade cerebral associada a processos de pensamento intencional.

Os pesquisadores utilizaram ressonância magnética funcional (fMRI) e eletroencefalografia (EEG) para monitorar a atividade cerebral dos pacientes e determinar se eles estavam seguindo comandos dados durante os testes. A importância desses achados levanta questões éticas e clínicas sobre como explorar essa capacidade cognitiva não visível para estabelecer formas de comunicação e potencializar a recuperação dos pacientes.

Entretanto, os autores do estudo, liderados pela pesquisadora Yelena Bodien, destacam que a pesquisa enfrentou limitações devido à coleta de dados por diferentes equipes em um período extenso, o que pode ter introduzido variabilidade nos resultados. As próximas etapas envolverão o desenvolvimento de diretrizes mais claras para a avaliação da dissociação motora cognitiva.