A lenda do sapo Coleman: como um mito atrai turistas para Fredericton
Fredericton, uma pequena cidade de New Brunswick, no Canadá, tem se tornado um destino turístico curioso devido a uma lenda peculiar: a do Sapo Coleman. Com aproximadamente 60 mil habitantes, a cidade recebe anualmente um número impressionante de visitantes, atraídos pela história desse anfíbio gigante.
Segundo a tradição local, o sapo foi capturado em 1885 por Fred Coleman e pertenceria à espécie Lithobates catesbeianus, conhecida como rã-touro americana. O mito ganha força ao afirmar que Coleman teria tratado o sapo como um membro da família, alimentando-o com uma dieta inusitada que incluía fubá, feijão cozido e até mesmo whisky. Com essa alimentação, o sapo teria alcançado um peso surpreendente de 19 quilos, quase dez vezes mais do que o normal para a espécie.
Conforme a narrativa, o Sapo Coleman se tornava a sensação da cidade, aparecendo sempre que um sininho soava para as refeições. No entanto, a história toma um rumo trágico com a morte do sapo, supostamente causada por um acidente envolvendo dinamite. Os restos do animal foram enviados a um taxidermista e, atualmente, a figura empalhada do sapo pode ser vista no Museu de Fredericton, atraindo curiosos que desejam conhecer mais sobre a lenda.
Embora a história tenha conquistado muitos admiradores, especialistas levantam questionamentos sobre sua veracidade. David Green, diretor do Museu Redpath da Universidade McGill, considera a narrativa uma invenção, afirmando que a dieta proposta, especialmente o whisky, seria prejudicial para o sapo. Ele observa que esses animais não consomem líquidos da mesma forma que os humanos, absorvendo a umidade pela pele.
Apesar das dúvidas sobre a autenticidade da lenda, a história do Sapo Coleman continua a ser uma atração para turistas e um exemplo de como mitos podem impulsionar o turismo local, mesmo quando sua veracidade é contestada.