Rosimeire Santos de Jesus, 43 anos, foi detida após ser acusada de esfaquear e matar a bebê Ágatha Sophia Santana, de apenas sete meses, em Salvador, Bahia. O episódio ocorreu no Centro Histórico da cidade, e a prisão em flagrante de Rosimeire foi convertida em prisão preventiva nesta segunda-feira (26).
Durante a audiência de custódia, a suspeita, admitiu ter esfaqueado a criança. No entanto, afirmou que seu alvo era a mãe da bebê, e não a pequena Ágatha. Os detalhes sobre a motivação do ataque não foram revelados.
A mãe da vítima, Jamile, expressou sua dor e pediu justiça pelo assassinato de sua filha. “Só quero justiça e que ela permaneça presa. Eu não estou bem, fico passando mal o tempo todo, minha pressão sobe, não consigo comer ou dormir, ainda não acredito no que aconteceu”, desabafou. Jamile relatou que a mulher se aproximou com uma faca em mãos e, dizendo “AH, É VOCÊ, NÉ?”, tentou esfaqueá-la. No momento do ataque, Jamile segurava sua filha, que dormia em seus braços, e tentou desviar do golpe, mas a lâmina acabou atingindo o pescoço da bebê, no lado direito.
Em seu depoimento, Jamile descreveu a cena aterrorizante em que viu o sangue jorrando do pescoço e da boca de sua filha. “Eu comecei a gritar por socorro, enquanto a mulher fugia com a faca na mão, indo em direção à rua 28”, disse ela.
Jeferson Santana, tio da bebê, informou que Jamile não conhecia Rosimeire. Segundo ele, a agressora teria se aproximado dizendo: “foi você que matou minha mãe”, antes de atacar Jamile. “Quando ela tentou agarrar Jamile, acabou atingindo a criança, que foi socorrida, mas perdeu muito sangue. Mais de 40 médicos tentaram reanimá-la, mas não conseguiram”, relatou Jeferson.
Muito apegado à sobrinha, Jeferson ficou em estado de choque ao saber do crime. “Eu gostava muito da minha sobrinha. Quando soube da situação, fiquei profundamente abalado”, declarou. Jeferson também descreveu que, no momento do ataque, o Pelourinho estava movimentado e com presença policial. “Ela [Rosimeire] sacou a faca da bolsa em câmera lenta, sem se intimidar nem com a base da Polícia Militar por perto”, concluiu.