Evinha questiona licitações da prefeitura para a Copa Vela e compra de cestas básicas: “às vésperas de eleição chegou a emergência”

Evinha questiona a gestão de Marcondes em Paulo Afonso por revogar licitação da Copa Vela e comprar cestas básicas em caráter emergencial próximo à eleição.

PAULO AFONSO – Antes de abordar o inacreditável aumento da população atingida pelas enchentes [que ocorreram em fevereiro] na área rural, segundo licitação em caráter emergencial da prefeitura, a vereadora Evinha (Solidariedade), afirmou que o prefeito Marcondes (Progressistas), entra em contradição com o que vem pregando sobre priorizar o comércio.

A prefeitura anunciou a revogação da licitação que previa o empenho de mais de 11 milhões de reais para investimento na estrutura da Copa Vela, e, segundo o comunicado, vai aderir a uma ata de registro de preços nas cidades de Anadia e Belém, no estado de Alagoas.

“A população foi categórica quando disse que esse recurso [de onze milhões] deveria ser investido na Saúde – porque não há verba carimbada para festa, é recurso próprio- então faltando onze dias para a Copa Vela temos a licitação revogada”, iniciou a vereadora. “O maior evento da cidade que gera renda para vários setores da economia, agora temos uma licitação de uma outra cidade que deve fornecer o serviço da festa de Paulo Afonso; então eu pergunto se isto é tal “zelo” que afirmaram que vão ter com o recurso público?”, acrescentou.

Além dessa licitação a 900 quilômetros de Paulo Afonso, há um número surpreendente em outra, continua a vereadora: “Um milhão e quatrocentos mil reais para, entre outros itens, serem comprados cestas básicas, colchões e kit dormitório de forma emergencial”, descreve ela.

Os itens, de acordo com a prefeitura, serão distribuídos entre as famílias desabrigadas dos povoados: Bogó, Barriga e Barro Vermelho, que, para o espanto geral, somam mais de 6 mil famílias. “As enchentes aconteceram no mês de fevereiro, mas só agora apareceu a emergência, às vésperas da eleição”, enfatiza Eva.

A vereadora lembrou ainda, que, recentemente, havia pedido à prefeitura a lista com o número de famílias que seriam beneficiadas, em vão. “A prefeitura precisa mandar a lista, porque se tem aqui o número exato é porque fizeram o levantamento, porém, não passaram aqui pela Câmara, porque sabiam que sofreriam questionamentos, fizeram uma licitação direta, com recurso próprio e numa secretaria que não é a Sedes, foi a de Administração.”