Detector LUX-ZEPLIN avança na busca por matéria escura com novos dados

O detector LUX-ZEPLIN apresenta novos dados que restringem as características das WIMPs na busca pela matéria escura.

O detector central da LZ, a câmara de projeção de tempo, em uma sala limpa de laboratório de superfície antes da entrega no subsolo. Crédito: Matthew Kapust / Centro de Pesquisa Subterrânea de Sanford

A busca pela matéria escura, que compõe a maior parte da massa do Universo, ganhou novos contornos com os resultados do detector LUX-ZEPLIN (LZ). Considerado o mais sensível do mundo, o LZ é liderado pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e está instalado quase um quilômetro abaixo da superfície na Instalação de Investigação Subterrânea de Sanford, em Dakota do Sul.

Recentemente, o experimento apresentou dados que limitam as possibilidades para as partículas massivas de interação fraca, conhecidas como WIMPs. De acordo com Chamkaur Ghag, porta-voz do LZ, os novos dados impõem restrições significativas na busca por essas partículas. O detector mostrou-se capaz de detectar sinais de WIMPs, caso existam na região investigada.

Até agora, não foram encontradas evidências de WIMPs com massa acima de 9 GeV/c², um valor comparável ao de um próton. A sensibilidade do LZ permite descartar modelos de matéria escura que não se alinham com os dados. Os novos resultados, baseados em 280 dias de coleta de dados, foram apresentados em conferências de física na última segunda-feira (26). Um artigo detalhando essas descobertas será publicado em breve, e o experimento está programado para continuar até 2028, visando coletar 1.000 dias de dados.