Cientistas desenvolveram um novo modelo para explicar a natureza das supernovas superluminosas, que são explosões estelares de 10 a 100 vezes mais luminosas do que as supernovas tradicionais. O estudo, disponível no arXiv, sugere que essas explosões podem ser impulsionadas por um casulo de energia que libera radiação significativa por vários dias.
Essas supernovas são raras e seus mecanismos ainda não são totalmente compreendidos, o que representa um desafio para os pesquisadores. A teoria mais aceita afirma que elas ocorrem quando estrelas com massa superior a 40 vezes a do Sol colapsam ao final de suas vidas, formando uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
O colapso gera um disco de matéria em rápida rotação ao redor do núcleo, que produz campos elétricos e magnéticos poderosos. Esses campos magnéticos são responsáveis por canalizar o gás ao redor do buraco negro ou da estrela de nêutrons, projetando-o em jatos e fornecendo a energia necessária para as supernovas superluminosas.
Embora o novo modelo apresente uma explicação promissora, ainda existem lacunas na compreensão de como a energia é gerada e liberada ao longo do tempo. As supernovas superluminosas são observadas mantendo seu brilho por dias ou semanas, antes de perderem energia. Os cientistas acreditam que novas observações poderão confirmar essa teoria, especialmente se detectarem aumentos no brilho de raios-X associados a uma concha de material em rápida expansão.