A Polícia Civil de São Paulo investiga o empresário Gleison Luís Menegildo, que confessou ter enterrado o corpo de Giovana Pereira Caetano de Almeida, uma adolescente de 16 anos, em seu sítio localizado em Nova Granada (SP). O corpo de Giovana foi encontrado na manhã da última quarta-feira (28), após uma denúncia anônima levar a Polícia Militar até o local.
De acordo com o depoimento de Gleison, ele conheceu Giovana 15 meses antes de sua morte por meio de um aplicativo de relacionamento. Após um breve contato inicial, os dois não mantiveram comunicação até que, meses depois, a adolescente procurou o empresário em busca de um estágio. Em dezembro de 2023, Giovana foi até a empresa de Gleison, em São José do Rio Preto, para uma entrevista de estágio.
Durante o encontro, segundo Gleison, Giovana começou a fazer uso de drogas, incluindo maconha e cocaína. O empresário relatou que saiu para comprar bebidas e, ao retornar, encontrou a jovem passando mal após o uso das substâncias. Ele afirmou ter tentado prestar os primeiros socorros, mas quando percebeu que Giovana havia falecido, tomou a decisão de ocultar o corpo.
Em desespero, Gleison transportou o corpo até seu sítio em Nova Granada e pediu ao seu caseiro, Cleber Danilo Partezani, para cavar uma vala, alegando que precisava enterrar algo. Cleber, em seu depoimento à polícia, afirmou que não sabia que a vala seria usada para enterrar um corpo, mas que ajudou a enterrar os restos mortais de Giovana.
A polícia chegou ao sítio após receber uma denúncia anônima sobre um corpo enterrado na propriedade. Ao chegarem ao local, os policiais abordaram Cleber, que levou as autoridades até o local onde o corpo foi enterrado. A ossada foi então localizada, e os policiais foram até a empresa de Gleison, onde ele inicialmente negou o crime, mas posteriormente confessou que transportou o corpo até o sítio com a ajuda de Cleber.
Gleison e Cleber foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e posse ilegal de armas, uma vez que duas armas foram apreendidas com eles. No entanto, ambos foram liberados após o pagamento de fiança — R$ 15 mil para o empresário e R$ 7 mil para o caseiro.
O delegado responsável, Ericson Sales Abufares, informou que a investigação ainda está em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso, incluindo a possibilidade de envolvimento de outras pessoas. O laudo pericial, que deve esclarecer a causa da morte de Giovana, tem previsão de ficar pronto em 30 dias.