A Justiça da Bahia marcou para o dia 9 de setembro, às 10h, a audiência de instrução e julgamento de Joseilson Souza da Silva, 43 anos, acusado pelo homicídio qualificado da menina Aysha Vitória, de oito anos. O crime, que chocou a comunidade de Pernambués, em Salvador, ganhou novos desdobramentos com a recusa da Justiça em acatar o pedido da defesa do réu para que o processo tramitasse em segredo de justiça.
No despacho que marcou a data do julgamento, a Justiça argumentou que a restrição à publicidade dos atos processuais deve ser exceção, e que o interesse público no caso supera quaisquer razões para manter o segredo de justiça. “A preservação da intimidade e da vida privada não se sobrepõe ao interesse público”, afirmou o juiz em sua decisão.
Relembre o caso:
O caso teve início em 22 de julho, quando Aysha desapareceu por volta das 17h nas proximidades de sua casa, no bairro de Pernambués. Na manhã seguinte, o corpo da criança foi encontrado por volta das 4h, a cerca de 30 metros de sua residência, com sinais de violência física. O corpo estava deitado de barriga para baixo, com a mão direita para trás e apresentava hematomas nas pernas e nas costas. Ela estava sobre um saco plástico, o que levantou suspeitas de que a cena do crime poderia ter sido alterada.
Joseilson Souza da Silva, vizinho da família, foi preso algumas horas depois do corpo ter sido encontrado, e confessou à Polícia Civil tanto o assassinato quanto o estupro da menina. Durante o depoimento, ele revelou ter atraído Aysha até sua casa mencionando uma boneca. Na residência de Joseilson, os investigadores encontraram um par de sandálias da vítima, corroborando as suspeitas.
Desde sua prisão, Joseilson teve a detenção em flagrante convertida para preventiva após audiência de custódia. Ele permanece encarcerado na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, em uma cela especial, conforme pedido de sua defesa.