Julgamento da modelo acusada de matar noivo a tiros em motel é adiado

O julgamento de Marcella Ellen, acusada de matar o noivo Jordan em motel no DF, foi adiado para 22 de outubro após a apresentação de novas provas pela defesa.

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O julgamento de Marcella Ellen Paiva Martins, modelo acusada de matar seu noivo Jordan Guimarães Lombardi, de 39 anos, foi adiado para o dia 22 de outubro. O Tribunal do Júri do Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, decidiu pelo adiamento após a defesa de Marcella apresentar novas provas que precisam ser analisadas pelo promotor. A sessão, inicialmente prevista para ocorrer em 26 de setembro, foi remarcada para garantir tempo suficiente de revisão do material. O processo segue em segredo de Justiça.

O crime aconteceu em novembro de 2022 no Motel Park Way, localizado na Candangolândia, DF. Segundo a acusação, Marcella teria atirado contra o olho direito de Jordan durante uma discussão no quarto do motel. O casal estava junto há dois anos e residia em São Paulo. Jordan era funcionário de alto escalão da McKinsey & Company, uma empresa de consultoria americana.

A fuga de Marcella e sua prisão
Logo após o crime, Marcella fugiu do local dirigindo o Audi Q7 de Jordan, mas colidiu com o portão do motel. Ela seguiu pela BR-070 e foi capturada pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) no município de Girassol (GO), após tentar roubar uma Kombi escolar. O rastreamento do veículo, realizado pela empresa onde Jordan trabalhava, facilitou a prisão de Marcella. No momento de sua captura, ela estava nua, portando apenas uma bolsa e a arma usada no crime.

Em um vídeo gravado após a prisão, Marcella afirmou que o disparo foi acidental. De acordo com seu depoimento, houve uma briga física entre o casal, e o tiro foi disparado quando Jordan tentou desarmá-la. “Eu nunca tinha disparado uma arma”, relatou a acusada, acrescentando que estava desnorteada após o ocorrido e tentou pedir ajuda na estrada.

O uso de drogas e a versão da defesa
O advogado de Marcella declarou que o casal consumiu drogas como cocaína e ecstasy antes do crime, o que teria provocado um surto psicótico em ambos. Segundo a defesa, Jordan agrediu Marcella fisicamente, o que a fez reagir com a arma. Durante o desentendimento, ele teria dito: “Pode me matar, não estou nem aí”, mas Marcella afirmou que não tinha intenção de disparar. O tiro ocorreu logo após uma agressão física por parte de Jordan.

Durante a fuga, Marcella tentou pedir carona a um motorista de Kombi, mas, ao revelar que estava armada, houve uma luta corporal. Ela então abordou outra Kombi, acreditando que era o mesmo motorista, e ameaçou o condutor com a arma, o que o fez fugir.