Viajar frequentemente leva muitos a utilizar redes Wi-Fi públicas, que são alvos fáceis para hackers. Um caso recente na Austrália trouxe à tona os perigos dos ataques de “gêmeos malignos”, onde cibercriminosos criam redes Wi-Fi falsas para roubar dados. Um australiano foi preso por configurar uma rede falsa em aeroportos e voos em cidades como Perth, Melbourne e Adelaide, coletando credenciais de e-mail e redes sociais.
Com o aumento do uso de Wi-Fi gratuito, especialistas alertam que esses ataques se tornarão mais comuns. A aceitação apressada dos termos de serviço por parte dos usuários facilita a ação dos hackers, que se aproveitam da distração. Os ataques de gêmeos malignos são mais difíceis de detectar, pois os hackers utilizam pequenos dispositivos que se camuflam em locais públicos, oferecendo páginas de login que parecem legítimas.
Para se proteger, é aconselhável usar hotspots móveis sempre que possível, garantindo uma rede que você conhece. Caso não seja viável, o uso de uma VPN pode oferecer proteção adicional, criptografando seus dados e dificultando a interceptação. Em muitos aeroportos, o Wi-Fi é terceirizado e pode não ter a proteção adequada, aumentando a vulnerabilidade dos usuários.
Embora os ataques de gêmeos malignos estejam se tornando mais frequentes, a captura de hackers raramente ocorre. O caso australiano é uma exceção, destacando a necessidade de maior proteção das informações dos viajantes. A Polícia Federal Australiana informou que dezenas de credenciais foram roubadas durante esses ataques. A melhor forma de garantir segurança é levar seu próprio Wi-Fi, permitindo que você viaje com mais tranquilidade.