Evinha: “Eu sou a mãe solo que entrou na política para vencer barreiras e dar representatividade a quem não tinha”

Vereadora Evinha destaca sua trajetória como mãe solo na política, buscando representatividade e melhorias para saúde e comércio local.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

PAULO AFONSO – A sociedade espera que a mulher tenha um determinado comportamento, fruto do machismo permeado nela. Coincidiu que, após uma década sem eleger outra mulher, além da vereadora Leda (PSDB), então, a 9ª, chegasse a vez da vereadora Evinha (Solidariedade), a 10ª parlamentar em seis décadas e meia de emancipação política.

São fatos que, postos na mesa, deixam claro o quanto é difícil para a mulher chegar e permanecer nos espaços de poder. A boa notícia é que Evinha, em que pese ter demorado muito a ser gestada como mulher líder, não chega à porta da eleição fragilizada, mas como liderança forte, com serviço prestado e, como disse hoje em uma análise rápida “cumprindo o que prometeu ao eleitor.”

De saída, a vereadora evidenciou que partiu de onde muitas mulheres estão hoje: “Sou mãe solo, dona de casa, empreendedora e estudante. Foi desse lugar comum a tantas de nós que eu saí para lutar por mais representatividade.”

“Fui eleita na oposição e, apesar das críticas ao meu jeito calmo de falar e explicar as coisas- até diziam que eu ficaria pouco tempo aqui – fui a primeira mulher a liderar uma bancada de oposição, deixando claro que a política não precisa ser de grito, há espaço para o diálogo.”

“Aqui eu fui voz ativa para cobrar que a gestão cuide da saúde da população: visitas, requerimentos, idas a Salvador, audiência pública, denúncias, cobranças e mais cobranças pelos direitos dos servidores da Saúde, para que, consequentemente, a população tenha um retorno melhor.”

Outro destaque da vereadora foi ter sido ao longo desses quatro anos, uma voz interlocutora do comércio, maior empregador do município com 13 mil trabalhadores, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

“Cobrei um calendário de eventos estruturado e com bastante divulgação; junto com as empreendedoras realizamos três feiras do Empreendedorismo Feminino, duas com apoio do governo do estado. Conseguimos colocar Paulo Afonso no Orçamento do estado, coisa que a prefeitura não correu atrás para fazer com os seus eventos.”

“Não parei no limite de ser “só oposição de falar e cobrar”, procurei parcerias com o governo do estado e realizei projetos. Tive uma conduta que nunca desviei: de tratar todas as pessoas com respeito”, ponderou.
Evinha reconheceu seu engajamento nas pautas ligadas à mulher: “sem a minha presença nessa legislatura, estou certa de que não teríamos tido tantos assuntos e ações voltadas e defendidas para nós. Repito: quem cuida da mulher cuida da família, do filho, do marido e do pai, porque no fim, somos nós que iremos dar conta de tudo.”

Finalizando, a vereadora sugeriu que os postulantes se façam propositivos. “Não venham tentar desconstruir a história de quem está aqui representando a população.”

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