Na noite de quinta-feira (3), o último debate da eleição para a Prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Globo, evidenciou a disputa acirrada entre Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB), com ataques direcionados ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que teve dificuldade em se defender.
Pesquisas divulgadas pelo Datafolha no mesmo dia indicam Boulos com 26% das intenções de voto, enquanto Marçal e Nunes aparecem com 24% cada. Com os três empatados tecnicamente, a possibilidade de um segundo turno entre Boulos e Marçal está no radar das campanhas.
Boulos usou parte de seu tempo para desmentir uma acusação de uso de drogas feita por Marçal, exibindo um exame toxicológico ao vivo e desafiando o adversário a fazer o mesmo. O mediador Cesar Tralli o advertiu por usar o documento em cena, mas Boulos não foi penalizado.
Nunes, maior alvo de críticas, teve que lidar com questionamentos sobre sua gestão e sobre um boletim de ocorrência por violência doméstica de 2011. Em sua defesa, ele afirmou que o registro ocorreu durante uma breve separação de sua esposa.
Pablo Marçal, em um confronto direto com Boulos, o acusou de usar recursos do fundo eleitoral e o chamou de “socialista de iPhone”. Boulos respondeu com ironias e questionou declarações polêmicas de Marçal sobre mulheres.
Tabata Amaral (PSB), em quarto lugar nas pesquisas, também adotou uma postura crítica em relação aos principais concorrentes, enquanto José Luiz Datena (PSDB) optou por um tom mais moderado.