Na década de 1920, o astrônomo Edwin Hubble apresentou a ideia de que o Universo está em expansão, uma teoria que ganhou forte apoio através de diversas observações científicas. No entanto, a teoria alternativa da Luz Cansada, que propõe um Universo estático, ainda é debatida por alguns pesquisadores, apesar de ser amplamente rejeitada pela maioria da comunidade científica.
Ambas as teorias se baseiam no fenômeno do desvio para o vermelho, onde galáxias mais distantes apresentam uma coloração avermelhada em comparação com aquelas mais próximas da Terra. Esse desvio ocorre porque, à medida que os objetos se afastam, o comprimento de onda da luz se estende, movendo-se para o espectro vermelho. Hubble argumentou que esse desvio indica que as galáxias estão se afastando, corroborando a ideia de um Universo em expansão.
A partir dessa observação, o físico Georges Lemaître formulou a teoria do Big Bang, que sugere que o Universo teve origem há aproximadamente 13,8 bilhões de anos em uma explosão que deu início à sua expansão. Em contrapartida, Fritz Zwicky, contemporâneo de Hubble, propôs que o desvio para o vermelho poderia ser explicado pela Luz Cansada, onde os fótons perdem energia ao viajar grandes distâncias, criando a ilusão de que as galáxias estão se afastando.
Embora a teoria da Luz Cansada persista, a evidência científica favorece o modelo do Big Bang. A descoberta do fundo cósmico de micro-ondas e as observações de supernovas reforçam a ideia de um Universo em expansão. Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) observou galáxias primitivas que parecem mais complexas do que o esperado, levando alguns cientistas, como Lior Shamir, a reconsiderar a possibilidade de um Universo estático.
Shamir argumenta que as observações do JWST mostram galáxias grandes e maduras, o que contraria a expectativa de um Universo primitivo. Ele sugere que a diferença no desvio para o vermelho pode estar relacionada à distância das galáxias, uma ideia que ecoa a teoria de Zwicky. Apesar das discussões, a teoria do Big Bang continua a ser a mais aceita na cosmologia, com a complexidade das galáxias primitivas provavelmente explicável sem abandonar as teorias estabelecidas.