Estudo aponta que extinções em massa podem auxiliar na busca por vida extraterrestre

Estudo sugere que extinções em massa podem favorecer a vida a longo prazo, apoiando a busca por vida extraterrestre.

Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

A Terra já passou por diversas extinções em massa, resultando em uma significativa perda de biodiversidade. Contudo, o planeta sempre se recuperou, permitindo o surgimento de novas espécies mais adaptadas e resilientes.

Um estudo recente, publicado no arXiv, adota a perspectiva “Gaiana”, que argumenta que mudanças drásticas no ambiente terrestre podem ser favoráveis a longo prazo. Essa teoria sugere que a vida não apenas interage com, mas também modifica os processos não vivos do planeta, contribuindo para a manutenção e melhoria das condições para a vida.

Entretanto, essa visão enfrenta desafios, pois nem todas as mudanças criam um ambiente benéfico. O Grande Evento de Oxidação, que ocorreu entre 2,4 e 2,1 bilhões de anos atrás, é um exemplo. Durante esse período, a evolução de cianobactérias fotossintéticas aumentou os níveis de oxigênio na atmosfera, alterando a química da superfície da Terra e levando à extinção de muitas espécies anaeróbicas.

Os pesquisadores destacam que, apesar dos problemas imediatos, esse estresse ambiental pode ter fortalecido a resiliência da vida a longo prazo. A evolução de organismos eucarióticos e multicelulares foi facilitada pelas altas concentrações de oxigênio, permitindo que a respiração aeróbica se tornasse predominante e resultando em um aumento significativo de energia disponível para a vida.

Além disso, a vida demonstrou sua capacidade de recuperação após outros períodos de estresse, como durante as grandes eras de glaciação, quando a Terra ficou quase completamente coberta de gelo.