Irmãos de 15 e 21 anos morrem em ataque a tiros durante excursão na Bahia

Gustavo, 15 anos, e Daniel, 21 anos, foram mortos após ataque a tiros em Arembepe, enquanto estavam em excursão; outras duas pessoas ficaram feridas.

Foto: Arquivo Pessoal

Na noite de segunda-feira (7), um ataque a tiros no Emissário de Arembepe, localizado em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, resultou em quatro pessoas baleadas, das quais duas faleceram. As vítimas fatais foram os irmãos Gustavo Natividade, de 15 anos, e Daniel Natividade dos Santos, de 21 anos, ambos percussionistas do bloco afro Malê Debalê. Gustavo foi encontrado morto no local, enquanto Daniel faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arembepe.

Outras duas pessoas ficaram feridas, uma adolescente de 17 anos e um jovem de 24 anos, que estão internados na UPA, mas não correm risco de vida. As vítimas moravam no bairro de Itapuã, em Salvador, e estavam a passeio em uma excursão com 150 pessoas. Segundo familiares, Gustavo não desejava participar da viagem, mas decidiu acompanhar o irmão para não deixá-lo ir sozinho.

A avó dos jovens relatou que o ataque pode ter sido motivado por uma confusão, já que os irmãos tiraram uma foto supostamente fazendo gestos com as mãos, que poderiam ter sido interpretados como sinais de facções. Um amigo da família confirmou que os agressores chegaram em uma moto e um carro, disparando contra o grupo.

A Polícia Civil investiga o caso e a motivação do crime, enquanto os corpos dos irmãos foram levados ao Instituto Médico Legal de Camaçari. O presidente do Malê Debalê, Cláudio Araújo, lamentou as mortes e afirmou que os jovens não tinham envolvimento com atividades criminosas.

A mãe dos jovens, muito emocionada, também reforçou que seus filhos não tinham envolvimento com o tráfico de drogas e apenas saíram para se divertir. “Eles saíram para se divertir, e o caçula foi para cuidar do mais velho, que era mais extrovertido e brincalhão. O Gustavo não queria ir, mas acabou indo para acompanhar o irmão”, disse a mãe, em prantos, ao pedir justiça. “Eu só queria meus filhos de volta. Espero que isso não fique impune, quero justiça. Eles não eram ladrões nem traficantes, eram trabalhadores”, lamentou a mãe.

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