Gusttavo Lima falou pela primeira vez desde que foi citado na Operação Integration, investigação que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa envolvendo jogos on-line. Em entrevista ao site Migalhas, o cantor sertanejo negou qualquer envolvimento nas irregularidades e afirmou que está à disposição das autoridades para esclarecer a situação.
“Eu nem sei como lava dinheiro, a minha vida foi sempre fazendo as coisas certas. Falaram que eu fugi, que loucura é essa? Eu estou à disposição da Justiça. Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor. Nunca vou fugir da raia”, afirmou ele.
Lima garantiu que possui todos os documentos necessários para comprovar sua inocência e destacou a solidez de seus contratos e notas fiscais. “Contra documentos, não há argumentos. Temos toda a documentação, todos os contratos, notas fiscais, temos tudo”, explicou. Segundo ele, as acusações não têm fundamento, e seu advogado confirmou que não há ilegalidades em seus negócios.
“Eu ainda perguntei para o meu advogado o que a gente havia feito de errado, e ele me respondeu: ‘Gusttavo, simplesmente não tem como explicar’. Eu estou muito tranquilo porque isso é um grande achismo, uma grande teoria. E eu estou à disposição da Justiça”, completou o cantor.
Durante a entrevista, Gusttavo Lima também comentou sobre o mandado de prisão expedido contra ele. De acordo com o cantor, sua equipe forneceu toda a documentação necessária às autoridades enquanto ele estava fora do país, em uma viagem à Grécia.
“Quando a polícia foi no nosso escritório, a gente estava na Grécia, e o advogado ligou para a polícia dizendo que o que eles estavam procurando estava na gaveta tal, com nota fiscal, o contrato estava tudo certo. Eles levaram tudo o que precisavam”, relembrou.
Outro ponto abordado pelo cantor foi sua relação com a empresa de apostas Vai de Bet, que também está sob investigação. Gusttavo Lima esclareceu que não é dono da empresa e que sua participação se limitou a um contrato de imagem, firmado em 2022.
“O contrato foi 100% cumprido por ambas as partes. Eu fui garoto-propaganda da Vai de Bet, nunca fui proprietário. Auxiliei no que foi preciso, mas é isso. Nunca fui dono da empresa, e esse achismo de que sou o chefe disso tudo é uma grande loucura”, afirmou o cantor, rebatendo as especulações sobre seu papel na empresa.
Lima aproveitou a oportunidade para destacar que diversos artistas, programas de televisão e clubes de futebol também mantêm contratos com empresas de apostas, apontando que essas colaborações são comuns no meio artístico e esportivo. “Quantos artistas fizeram contratos com empresas de apostas? Quantas televisões e times de futebol? Então, vão ter que prender o país inteiro”, questionou. Apesar de sua crítica, o cantor ressaltou que é favorável às investigações e que a Justiça deve agir sempre que houver indícios de irregularidades.
“Tem que haver justiça. Quando algo chama a atenção, tem que ser investigado. Eu estou à disposição das autoridades, podem olhar tudo. Não tenho nada a esconder”, concluiu.
